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Monitoramento de infraestrutura: por onde começar?

Monitoramento de infraestrutura: por onde começar?

Por que você teria uma ferramenta especializada para monitorar a base de seu stack, como servidores, serviços cloud, base de dados, contêineres, microsserviços, serverless? Em outras palavras, por que você faria monitoramento de infraestrutura?

Porque monitorar esses sistemas é fundamental para garantir que as aplicações que rodam nas camadas superiores se mantenham disponíveis e com bom desempenho. Um erro em um componente de baixo pode potencialmente impactar de maneira negativa quem está lá em cima, leia-se: os usuários.

Problemas devem ser descobertos rapidamente, disparar o ciclo de vida de gestão de incidentes para serem investigados e resolvidos, de preferência sem que ninguém perceba ou então sem gerar grandes consequências.

Mas, ao mesmo tempo que a criticidade é compreensível, o nível de desafio do monitoramento nesse nível também é alto. Tecnologias como serverless, contêineres e microsserviços tornaram o ambiente mais dinâmico, mas também menos localizado. Da mesma maneira, essa infraestrutura também é maior, possivelmente espalhada pelo mundo.

Mais uma razão para fazer o monitoramento de infraestrutura com ferramentas especializadas.

Por onde começar? Veja neste artigo.

 

Como funciona o monitoramento de infraestrutura?

O monitoramento de infraestrutura segue a sequência de ações de toda ferramenta de analytics:

1- Coleta de dados

Há dois tipos de coleta de dados para o monitoramento de infraestrutura, com agentes ou sem. 

Quando feita por meio de agentes, há um software que coleta dados de hosts e os envia para a ferramenta de monitoramento para que sejam agregados, analisados e visualizados. 

Quando feito sem agentes, o monitoramento não requer um software separado. Há protocolos instalados para a coleta das métricas que irão a plataforma de monitoramento. 

O monitoramento sem agentes pode ser a única opção para hardwares especializados em que não é possível instalar agentes como roteadores, switches e load balancers.

O monitoramento baseado em agentes, no entanto, é normalmente considerado mais rico do que o sem agentes. O motivo é o fato de estar instalado no seu host. Outras vantagens é que ele também permite mais facilidade na automação do diagnóstico e do tratamento de incidentes.

No entanto, agentes são mais demorados para implementar e manter, além de utilizarem mais recursos dos dispositivos em que são instalados. A operação sem agente é mais leve e menos intrusiva, tendo mais flexibilidade em ambientes mais heterogêneos. 

O mais comum é haver um equilíbrio entre ambos os modelos, a depender do ambiente monitorado e dos requisitos envolvidos.

2- Armazenamento de dados

Repositório para acesso e consumo de dados em análises e visualizações. 

3- Análise e processamento de dados

Consumo propriamente dito, aplicando os dados a algoritmos e técnicas para identificar padrões, tendências, anomalias e eventos significativos, tanto por meio de comparações com limites predefinidos, análise estatística, correlação de eventos, etc.

4 – Alertas e notificações

Envio de notificações para as equipes responsáveis pelo gerenciamento dos incidentes detectados. Isso pode ser feito por meio de e-mails, mensagens de texto, painel de controle ou integração com sistema de gerenciamento de incidentes.

5- Visualização e relatórios

Interfaces gráficas para exibir os dados coletados e as análises realizadas em uma visão geral do ambiente.

 

Alguns cuidados que devem ser tomados

  1. Tenha necessidades e objetivos claros de monitoramento: identificar gargalos que afetam a performance da rede, ameaças, monitorar o uso de servidores são alguns dos motivos para usar.
  2. Evite a criação de silos entre operações e desenvolvimento: ter uma plataforma unificada é uma prática que proporciona uma visão de ponta a ponta de todo o stack.
  3. Garanta a integração com provedores cloud e ferramentas de orquestração: você quer que sua ferramenta de monitoramento de infraestrutura seja capaz de se integrar com tudo, desde provedores cloud até standards abertos como OpenTelemetry.
  4. Analise todo o ambiente: não apenas uma aplicação específica e seu ambiente de suporte.
  5. Tenha tags para métricas, principalmente se sua infraestrutura é grande e distribuída: isso ajudará você a agregar métricas ao longo de sua infraestrutura em qualquer nível.
  6. Crie alertas customizados: estabeleça os limites de tolerância para variação de métricas e, com base nisso, alertas quando eles tiverem comportamento fora do esperado. Algumas ferramentas permitem alertas baseados em machine learning, por exemplo.

 

Ferramentas de monitoramento de infraestrutura disponíveis no mercado

Existem tanto ferramentas pagas de mercado quanto open source.

As ferramentas de monitoramento de infraestrutura proporcionam análises de dados de múltiplas fontes, bem como alertas em tempo real de qualquer problema que possa estar afetando a infraestrutura.

Elas são fáceis de usar, sendo aplicáveis a vários casos de uso, garantindo que todos no time tenham as informações que precisam para tomar decisões.

Outro ponto em comum é a escalabilidade. Essas soluções são capazes de ingerir mais e mais dados de acordo com o crescimento do ambiente ou do volume de dados de uma organização.

Algumas ferramentas vêm com machine learning, aprendendo a partir dos comportamentos passados da infraestrutura e, com base nos padrões indicados, revelando tendências de desvio.

 

Veja algumas opções que você tem à disposição:

  • Splunk
  • Grafana
  • Paessler PRTG
  • Iconga
  • LogicMonitor
  • Zennos
  • Prometheus
  • Zabbix
  • Nagios
  • SolarWinds
  • Checkmk
  • OpManager

Monitoramento de infraestrutura: visibilidade que mantém você no controle 

Se seus sistemas são o coração de sua empresa, não dá para deixá-los à deriva, sobretudo quando cada queda produz grandes prejuízos financeiros e reputacionais.

Comece pelo monitoramento de infraestrutura e vá galgando degraus das camadas de suas aplicações, garantindo a proatividade e a responsividade que os usuários de seus softwares esperam e à observabilidade.

Precisa de ajuda para identificar o que precisa ser monitorado, qual a melhor solução para essa monitoria e como implementá-la? Conte com a DataRunk.

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