Nenhuma empresa está imune a disrupções. Toda organização experimenta eventos que causam paradas, falhas e vazamentos, especialmente se considerarmos os últimos dois anos. Mas por que algumas empresas têm, a despeito de experimentarem riscos parecidos, mais resiliência digital do que outras e que ganhos elas têm com isso?
A Splunk se fez essa pergunta e, para respondê-la, entrevistou 2.100 profissionais de 11 países, incluindo o Brasil.
A pesquisa identificou quatro estágios de maturidade em resiliência digital: iniciante, em desenvolvimento, intermediário e avançado e comparou os resultados a nível de negócio. Vejamos os resultados.
5 competências-chave para a resiliência digital
Resiliência digital é a capacidade de prevenir, detectar, se recuperar e responder rapidamente a eventos com potencial de causar disrupções nos processos e serviços de negócio.
A Splunk identificou cinco competências fundamentais para a construção de resiliência digital, que têm na sua base uma sólida estratégia de cibersegurança, com gestão de riscos e vulnerabilidades, plano de continuidade dos negócios, testes regulares e conscientização organizada.
Vejamos os seus elementos:
- Visibilidade: alcance, qualidade e fidelidade na cobertura de detecção, assim como visão em tempo real, do ambiente tecnológico de uma organização.
- Detecção: aproveitamento de dados para prevenir, prever e identificar problemas potenciais, incluindo alertas.
- Investigação: uso de dados para pesquisas de potenciais problemas e aceleração da análise, para fins de enriquecimento, threat hunting e investigação de logs, métricas e traces, de maneira a minimizar falsos positivos e priorizar problemas com base no impacto no negócio.
- Resposta: capacidade de reagir rapidamente a incidentes em segurança, TI e DevOps.
- Colaboração: facilidade de coordenar ferramentas e equipes para trabalhar em segurança, TI e DevOps. Se, historicamente, havia silos entre esses setores, a tendência é de unificação para a construção de resiliência digital.
Qual o retorno sobre o investimento em resiliência digital?
Segundo essas condições da resiliência digital, o levantamento da Splunk avaliou os pesquisados.
As organizações avançadas em resiliência digital têm melhores resultados em:
1. Custos com paradas de operação
Embora as organizações tenham dados similares quanto a episódios de parada (causados normalmente por quedas de infraestrutura e incidentes de segurança), a grande diferença está na capacidade e velocidade de recuperação, consequentemente no impacto financeiro.
Para as organizações com resiliência digital avançada, o custo dessas paradas de operação é bem menor. Enquanto as avançadas perdem $62 milhões por ano, as iniciantes perdem quase o dobro, $110 milhões.
2. Preparo para a mudança
A maioria das organizações não se sente suficientemente pronta para se adaptar a novos cenários. Apenas metade das organizações concorda plenamente que está preparada para mudar operações e relacionamento com clientes em grandes disrupções.
Ainda assim, organizações com resiliência digital avançada têm 2,5 vezes mais probabilidade de estarem preparadas do que iniciantes.
A razão está no nível de confiança e de segurança que elas têm para a inovação. Elas têm mais espaço e flexibilidade para se concentrarem em desenvolver novos recursos, encontrar novas maneiras de entregar produtos e serviços ou expandir para novos mercados.
3. Transformação digital
A transformação digital não é um esforço pontual, mas contínuo – e continua sendo prioridade dos líderes de tecnologia. Acertar na execução, no entanto, não é tão simples. A maioria dos respondentes do levantamento da Splunk (61%) relatou que menos da metade de seus projetos de transformação digital teve um impacto positivo e sustentado nos últimos dois anos.
Ainda assim, as organizações avançadas em resiliência digital se destacam com significativamente mais chances (53%) do que as organizações iniciantes (25%) de ter projetos de transformação digital bem-sucedidos.
4. Objetivos financeiros
As organizações com resiliência digital avançada superam seus pares, com uma diferença de 17 pontos percentuais em relação a iniciantes no que diz respeito a alcance ou superação de metas de crescimento.
Entre as empresas de capital aberto incluídas no estudo, resultados semelhantes foram observados ao analisar o crescimento do preço das ações. Organizações avançadas (82%) têm uma probabilidade significativamente maior do que as iniciantes (70%) de registrar crescimento no preço das ações.
Que países são mais avançados em resiliência digital?
O levantamento da Splunk foi conduzido em 11 países, entre os quais o Brasil. Junto com Índia (25% dos entrevistados com resiliência digital avançada) e Estados Unidos (21%), tínhamos a maior porcentagem de organizações com resiliência digital avançada (21%).
Países como Alemanha, Canadá, França, Inglaterra, Japão e Singapura tinham em média 9% de empresas com esse nível de maturidade. Já Austrália e Nova Zelândia contam com 11% de organizações avançadas em resiliência digital.
No quesito segmento, os mais avançados pertencem ao setor financeiro, tecnológico e manufatureiro.
Ambiente digital resiliente, negócios resilientes
O estudo da Splunk deixa claro que as empresas mais resilientes digitalmente estão mais sustentáveis e, acima de tudo, mais aptas a crescer. O investimento se paga e, mais que isso, é um trampolim da lucratividade.
A resiliência digital, no entanto, é uma jornada que requer a orquestração de pessoas, ferramentas e processos.
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